O primeiro dia pós fim de
relacionamento sempre é o mais difícil. A noite é mal dormida. As horas parecem
não passar. A dor da perda parece não ter fim. A angústia invade o peito e se
espalha por todo o corpo, do centro para as extremidades. Não se consegue
deixar os olhos enxutos. As lágrimas caem desordenadamente. Toda a felicidade,
toda a expectativa tornam-se sombra. Todos os planos se vão. Todas as
projeções, todos os momentos de felicidade tornam-se pó.
E
de repente as lembranças vêm. Todos os beijos, abraços, momentos de carinho.
Todas as noites dormidas abraçados. Cada apelido carinhoso, cada história
vivida. As festas curtidas, os forrós dançados, o sexo a base de muita
intimidade e carinho. E quando se trata de lembranças, o tempo não é
mandatório. Não é o tempo que vai determinar a intensidade de um amor perdido.
Tanto faz se foram 5 meses ou 5 anos, quando se vive juntos momentos inesquecíveis.
No
entanto o tempo é determinante no fim de uma relação. Não se esquece em um dia,
por mais que se queira. Por mais que se tenha vontade de arrancar o sentimento
do peito para não se sentir dor, ele fica lá. Ele só vai embora quando o tempo
quiser que vá. E quanto tempo? Impossível determinar. Talvez um mês, um ano.
Talvez ele nunca se vá. Talvez se tenha que aprender a conviver com essa dor do
amor perdido. Talvez se tenha que guardar o amor a sete chaves e conviver com
ele. O desfecho só o tempo permitirá saber. Que o tempo voe, que o tempo amenize,
que o tempo liberte!
Nenhum comentário:
Postar um comentário