sábado, 24 de março de 2012

Infidelidade: Três teorias para ela!

Infidelidade em relacionamentos amorosos. Do que se trata? Depois de muitas pesquisas e de refletir muito, aprofundar sobre esse tema tornou-se um grande desafio. Primeiramente vamos ao conceito de tal palavra.  Conceitos existem muitos, olhando de um ponto de vista antropológico, uma vez que estes mudam conforme a época e a sociedade. Os árabes, por exemplo, admitem que um só homem possa casar-se com várias mulheres, desde que possa dar a estas um bom padrão de vida. Esse caso não é considerado infidelidade diante dos olhares dessa população. E por que seria? O marido ama e cuida das esposas com o mesmo carinho. Todas são importantes para ele. Já na cultura ocidental, tanto os homens quanto as mulheres detêm valores que prezam pela monogamia.
Do ponto de vista da nossa sociedade, a brasileira, mais especificamente, a potiguar. O que seria infidelidade amorosa? Há quem afirme que manter relacionamentos paralelos é traição. Já outros, afirmam que a traição está ligada ao sentimento. Assim, no momento em que não há sentimento associado ao ato de trair não ocorre infidelidade. Há ainda quem afirme que traição não existe. O que há são sentimentos independentes associados a pessoas diferentes e sem ordem crescente de importância. É nesse momento em que as dificuldades de definir o conceito se instalam. Considerando que traição é todo e qualquer relacionamento que se tenha escondido do parceiro “oficial”, inicio aqui uma discussão: Por que as pessoas traem?
Primeira teoria: O relacionamento atual está desgastado e o indivíduo acaba procurando fora o que não encontra em casa. Nesse caso, teria o amor acabado? E aí vai a resposta: pode ser que sim ou que não. No caso do amor ter acabado, a traição acontece sem culpa nenhuma e a pessoa infiel está apenas buscando um novo início para sua vida amorosa. No caso de o amor ainda existir, a traição está acoplada principalmente ao sexo, à atração (porque simplesmente é da natureza do homem gostar do proibido). Nos dois casos, o traidor ou traidora em questão  procura algo que não está ao seu alcance junto ao seu parceiro ou parceira.
Segunda teoria: O Ser humano se vê numa busca eterna pelos inícios que os relacionamentos proporcionam. Ele precisa daquela eterna sensação de começo, de novidade para se instigar sexualmente. Então ele complementa seu relacionamento com outro simultaneamente que vai perdendo “a graça” à medida que se torna rotineiro.
Terceira teoria: A pessoa em questão sente um vazio interno tão imenso que tenta supri-lo com várias pessoas. É a famosa carência. Ou talvez falta de amor-próprio.  Esse vazio por horas influencia no fato da pessoa querer mostrar que está “por cima” e mostrar aos outros o quanto é importante (vulgo querer se sentir o garanhão do pedaço).
Esses são apenas alguns motivos que podem resultar em traição. No entanto, apenas quem passa pela situação tem como saber a fundo o motivo. Às vezes precisamos ouvir as histórias para tentar pelo menos entender o porquê da traição. Logo, apontar e jogar pedras em quem o faz não altera a situação. Mostrar o sofrimento que a infidelidade causa sem recriminar talvez seja a melhor saída. Porque por trás de toda traição há uma mentira. Ou duas. Ou muito mais. Mentira para a pessoa traída. Mentira para a família envolvida. E, por último, mentira par si mesmo. Será que uma vida baseada em mentira é tão desejada assim???? Fica a seu critério, meu caro leitor...