Dizem que um bom filho a casa torna. Então, cá estou eu,
dando novamente “as caras”. Quase 4 anos e meio longe e só o que posso
expressar é a saudade que estava de aqui expor meu ponto de vista sobre
qualquer coisa. A pergunta que não cala: Por que tanto tempo afastada?
Bom, de 2014 até aqui, muito se passou. Sempre fui
romântica e este foi o maior motivo de ter criado esta página. Gostava de
escrever sobre as minhas tristezas, desilusões e paixões desenfreadas. Então,
neste ano referido, encontrei um amor calmo. Um amor desses seguros, que passa
tranquilidade, que te coloca para cima todo o tempo. E eu pensei: Que sorte a
minha!
Realmente muita sorte. Foram 4 anos e meio de muito
aprendizado, risadas e felicidades. Além disso, foi um período de mudança
extrema na minha pessoa. Me dediquei ao trabalho e ao estudo, dei um “up” na
minha profissão. Me encontrei na pós-graduação e sigo na etapa de doutorado em
patologia oral. Mudei meus hábitos alimentares, entrei para o Crossfit e virei
amante da vida saudável.
No
entanto, não sei se foi a vida corrida, se foi o meu relacionamento, mas
percebi que perdi a minha essência romântica. Não porque o quisesse ou o
tivesse planejado, mas porque pousei os pés no chão para encarar a realidade:
as pessoas não são românticas. Tudo gira em torno de vantagens e desvantagens. E o tal do amor? O tal do sentimento que devasta tudo e qualquer coisa? Esse
está em segundo plano, está abaixo da satisfação e realização pessoal de cada
um e por esse motivo, muitas vezes, ele acaba. E foi exatamente assim que se sucedeu o fim do meu relacionamento.
Alguns
tem a sorte de casar e passar “o resto da vida” com seu grande amor. Mas isso
acontece porque o seu grande amor lhes proporciona mais vantagens do que
desvantagens e a relação passa a ser confortável a ambos. No entanto a maioria
das pessoas não terminam seus dias com o seu “grande amor”. A incompatibilidade,
a visão de mundo e o temperamento distinto podem provocar as famosas brigas, de
forma a desgastar a relação, culminando no famoso “não tem como dar certo”. As desvantagens
passam a ser maiores e o bem-estar próprio está ameaçado.
E
não ficar com o "grande amor" indica infelicidade? De forma alguma. A felicidade deve
surgir a partir de nós mesmos, de momentos alegres colecionados, da nossa satisfação
pessoal e profissional, da superação de todos os obstáculos diários. Quem não é
feliz em Paris? Todo mundo. E nem é preciso estar ao lado do seu “grande amor”.