terça-feira, 4 de junho de 2019

Quem é você?

Quem é você? Como você se define perante o mundo? Sempre após os momentos intempestivos, me pego meio reflexiva, embarcando naquela viagem de auto-conhecimento. É engraçado pensar nessa pergunta e não ter uma resposta concreta.

Dáurea Cóbe é intensidade. É amor, é paixão, é sexo, é loucura, é raiva, é veneno, é ansiedade. Falta calma, falta paciência, falta tranquilidade. Dáurea Cóbe é pura explosão. E isso talvez faça dela o que ela é realmente. E isso talvez seja a razão de gostar ou odiar.  E bem lá no fundo, se esconde uma menina de coração puro, ingênua demais até. E mesmo com as adversidades do mundo, se recusa a ver a maldade alheia. Ela acredita no bem. Ela acredita no amor. Ela se joga, se doa. Ela não tem medo. E ela quase sempre sofre. E supera, e se reinventa. E fica ainda mais forte. E de repente se pega feliz pensando na sua força. E lá vai ela. Vivendo cada segundo como se fosse último, intensa como tal. Livre como tal.

Talvez não seja boa ideia doma-la, molda-la. Talvez a solução seja apenas aceita-la. Ama-la como tal. Com todas as inseguranças, agonias... mesmo falando demais, bebendo demais, dançando demais. Mesmo atropelando palavras, já que ela não é comedida.

Ela nasceu para tomar cerveja num boteco e Chandon num restaurante chique. Ela valoriza muito mais uma tarde abraçado do que uma noite de sexo selvagem. Ela prefere um misto quente ao lado do seu amor, a um prato de lagosta com pessoas vazias. Ela espera muito mais de um olhar do que de palavras. Mas ela cansou de ficar calada. De ser o que o outro quer. De mudar para agradar quando seu ser é tão único. Ela cansou de querer quem não a quer exatamente como é. Porque ama-la não deve ser amar apenas suas qualidades, mas todas as suas noias, agonias, loucuras e o seu lado mais obscuro. E não, ela não vai aceitar menos do que isso.