De vez em quando paramos e nos perguntamos o porque de certos rumos que o destino toma. Na nossa vida afetiva, por exemplo. Às vezes nos questionamos porque a pessoa amada vai embora mediante algum comportamento errado nosso. Seria simples responder: "Porque ela não me ama."
Tudo bem que isso é em parte verdade. Mas será apenas isso? Numa relação há duas partes. Ambas devem crescer juntas, se enxergar como são e não de forma idealizada. O amor nasce daí. Nasce do gostar não apenas das qualidades, mas também dos defeitos. Quando isso não acontece, o sentimento se vai. E o que se pode concluir é que esse sentimento tão frágil é paixão, ante-sala do amor.
Mas vejamos: Da idealização do amor nasce a relação de controle, de querer mudar o outro. Em alguns casos, a pessoa permite pelo simples fato de não se amar, de querer agradar ao outro por medo de perdê-lo. A pessoa não se enxerga e por isso vive em função do outro. O contrário também pode ocorrer. Por não se amar, nem achar que o parceiro(a) possa amá-la, perde a confiança e o foco em si própria e passa a querer estabelecer uma relação de controle e dependência. Tudo por falta de amor-próprio. Tudo porque acha que ninguém vai amá-la do jeito que é. Tudo isso porque só se visualiza do pior ângulo, o dos defeitos.
É necessário então uma mudança profunda. É necessário se descobrir, se conhecer. Saber as qualidades. É preciso mudar a forma de se ver. A forma como nos vemos é a mesma que achamos que os outros nos vêem.
Então será que o outro vai embora apenas porque não nos ama ou porque não fazemos por onde deixar o amor dele por nós acontecer?
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